A menina Vitória Fernandes dos Santos, de 11 anos, foi vítima de bullying dentro da própria escola onde estuda, o Colégio Estadual Flávio Ribeiro de Rezende, na cidade de Natividade (RJ).
A vítima sofre de deficiência de aprendizagem. O ato, que ocorreu na segunda-feira (27), foi gravado por uma das praticantes de bullying e repercutiu nas redes sociais.
No vídeo, uma menina tenta puxar o cabelo de Vitória, enquanto é incentivada por colegas. Fernandes chega a chorar após ser atacada e ouvir das meninas "chora, neném".
Após o caso viralizar, o pai de uma das meninas que ofendeu Vitória publicou um vídeo de desculpas nas redes sociais, conforme reportado pelo Uol.
Vitória perdeu os pais e recebe tratamento em uma instituição de Natividade voltada para pessoas com transtorno do espectro autista.
Uma manifestação contra o bullying foi realizada em frente ao colégio nesta sexta-feira (31).
Ações para prevenir bullying
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, apontou o fato como inaceitável e reforçou que realizará medidas para "identificar e prevenir a violência nas escolas".
"Assim que tomei conhecimento do bullying contra uma aluna da educação especial em uma escola da nossa rede, em Natividade, determinei que a secretária de Educação acompanhe de perto o caso, dando total apoio à estudante e sua família, e tome as providências necessárias".
"O fato é inaceitável. Ontem anunciei uma série de medidas para identificar e prevenir a violência nas escolas. O ambiente escolar deve ser um lugar de paz e respeitar o próximo é um dever de todos nós!", concluiu.
Secretaria de Educação repudia casos de bullying
A Secretaria de Educação do Rio de Janeiro repudiou "de forma veemente" os casos de bullying.
"Por determinação da secretária Roberta Barreto, a subsecretária Myrian Medeiros está, neste momento, na unidade para tomar todas as providências e dar o devido acolhimento à aluna", detalhou, em nota.
Além disso, detalhou que os envolvidos foram ouvidos pela direção da escola, com os pais. "O Conselho Tutelar também integra o grupo de apoio montado, e medidas protetivas já foram adotadas", disse.
"Não vamos admitir que tais atos continuem! O respeito é fundamental dentro e fora das salas de aula. Vamos intensificar a cultura de paz em todo o estado", disse Roberta.