Durante o curso das investigações sobre a morte de Henry Borel, de 4 anos, a Polícia Civil descobriu que a mãe da criança, Monique Medeiros, o levou ao hospital, em fevereiro, um dia depois do relato da babá sobre supostas agressões que ele teria sofrido do padrasto Dr. Jairinho. O caso foi noticiado na noite deste domingo no Fantástico, da TV Globo.
O programa teve acesso às conversas entre a babá, Thayná de Oliveira Ferreira e a mãe do menino, no dia 12 de fevereiro. Na ocasião, a moça fala à Monique sobre o dia a dia de sofrimento do garoto.
Nos depoimentos prestados, as duas não relataram a situação, que pode ser considerada pelos investigadores uma prova definitiva dos maus-tratos que a criança sofria.
Chegou ao hospital mancando
A senha da pediatria apontava que o menino chegou à unidade de saúde no dia 13 de fevereiro, mancando, acompanhado pela mãe, que alegou que o garoto teria caído da cama no dia anterior, por volta das 17h.
O que chamou atenção da equipe foi o fato de que este horário foi o mesmo em que Henry supostamente teria sofrido as agressões.
Pode ter sido agredido três vezes
Segundo a radiografia feita naquele dia no joelho esquerdo, a estrutura óssea foi preservada. Também conforme a perícia criminal, ele pode ter sido agredido nas três vezes em que reclamou do som da TV.
A criança teve agressões que variam entre leve, baixa e alta energia. Também no curso das investigações, a perícia criminal apontou que os depoimentos de Dr. Jairinho e de Monique tiveram divergências.