O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou, nesta terça-feira (20) que espera a aprovação dos estudos clínicos da Butanvac seja "rapidamente deferida" pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Conforme Covas, as discussões prévias que existiam com a agência com relação ao imunizante motivam a rapidez esperada.
Os testes do imunizante estavam previstos para o mês de abril, conforme anúncio da vacina. O pedido de autorização se refere às fases 1 e 2 de testes clínicos, nas quais serão avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune com 1,8 mil voluntários.
O protocolo de estudos clínicos da vacina, que está em processo de submissão da Anvisa, foi finalizado nesta semana segundo o diretor. Para Covas, esse passo deve acontecer mais rapidamente, já que, segundo ele, "as dúvidas já estavam sendo discutidas com a Anvisa previamente".
A partir de maio, de acordo com Covas, o Butantan terá condições de produção do imunizante, quando será fabricado um quantitativo que aguardará a permissão da agência sanitária para poder ser aplicado.
O diretor aproveitou para destacar a importância da vacina, chamando-a de "vacina 2.0". "Uma versão melhorada, em termos de vacina, e que pode ser uma solução para o Brasil e para os países pobres e de renda média", afirmou o diretor do Butantan.
O que é a Butanvac
A Butanvac, vacina produzida pelo Instituto Butantan, foi anunciada oficialmente no dia 26 de março. O imunizante já teria passado, naquele momento, pelas fases pré-clinicas de testes (em células de laboratório e em animais) com bons resultados, de acordo com o Instituto.
A previsão da entidade, inclusive, era de que poderia entregar 40 milhões de doses até o fim do ano. O instituto, que lidera um consórcio internacional para a produção, responderá por 85% da capacidade total de fornecimento do imunizante, caso tudo ocorra como previsto.