Preso por supostamente agredir uma garota de programa em Belo Horizonte, Minas Gerais, o influenciador e cabeleireiro Adriano Gonçalves, de 34 anos, negou a acusação nessa quinta-feira (29). Ele ainda se desculpou por levar os filhos adolescentes para o motel na ocasião.
Nas redes sociais, ele disse que "confundiu" paternidade com amizade, realizado o desejo dos garotos, um de 15 e o outro de 16 anos, ao levá-los para o local com três profissionais do sexo. As informações são do portal Splash.
"Ali, no calor da emoção, acabei compactuando com a vontade deles, acabei confundindo paternidade com amizade. Sem medir consequências, por impulso, um ato que hoje em sã consciência eu repudio. Sei que errei, jamais faria isso novamente", afirmou.
Após ser criticado pela forma como toma conta dos filhos, o homem garantiu que tem cuidado dos adolescentes com "muita dedicação e amor".
"Coloquei eles na profissão, eles trabalham comigo, moram comigo. Sempre tento proporcionar o melhor para eles, mas realmente cometi essa falha, cometi esse erro. Em um momento de felicidade, alegria, acabei caindo nessa situação lamentável que quase acabou com minha vida, com minha carreira, com minha história", declarou.
'Jamais seria capaz'
Ele negou que tenha agredido uma das garotas de programa. Segundo o boletim de ocorrência do caso, uma das profissionais contratadas para o episódio denunciou ter sido golpeada no rosto pelo influenciador digital durante o ato sexual.
"Passei anos da minha vida me dedicando a cuidar da beleza, da autoestima e de empoderar as mulheres (...) Jamais seria capaz de exercer algum tipo de violência contra a mulher. Não vim no mundo para isso, vim no mundo para empoderar, encorajar e exaltar a beleza delas", disse.
No entanto, no comunicado, Adriano Gonçalves não negou a acusação de que tirou o preservativo durante o ato sexual sem o consentimento da mulher.
"Diria que renasci e vou tirar forças de onde não tenho para reconstruir a minha história. Tenho certeza da minha inocência", finalizou.
Entenda o caso
O cabeleireiro e digital influencer foi preso, nessa quarta-feira (28), após ser denunciado por uma garota de programa, de 21 anos, que afirma ter sido agredida pelo homem durante o ato sexual, além de ser forçada a fazer sexo sem preservativo. Ao chegar no local, os policiais descobriram a presença dos dois adolescentes, que teriam entrado no local ilegalmente, ao se esconderem no carro do pai.
Segundo a vítima, ela e as duas colegas foram abordadas pelo homem em uma boate da capital mineira. No estabelecimento, elas teriam acertado detalhes sobre o programa, com um pagamento de R$ 1 mil para cada uma. Já durante a relação, o suspeito teria começado a ser mais agressivo, puxando os cabelos dela e dando um tapa no rosto da jovem.
Ainda conforme a mulher, o influenciador tentou ter relação sexual sem o uso do preservativo, mas após ela negar a possibilidade, ele teria concordado em colocar a camisinha.
No entanto, o suspeito teria retirado o equipamento de proteção ainda durante o ato, sem o consentimento da profissional. Ao perceber, ela decidiu cobrar o dobro do valor acordado inicialmente, momento em que o influenciador teria se irritado, levando-a a acionar a Polícia. A versão da vítima foi confirmada pelas outras duas mulheres contratadas por Adriana, uma de 19 e outra de 29 anos.
Em depoimento à Polícia, Adriano afirmou que todo o ato com a jovem foi consensual e que se irritou somente quando ela decidiu dobrar o valor acordado inicialmente que, conforme ele, seria de R$ 500.
Adolescentes não frequentam escola há anos
Além da entrada ilegal no motel, os filhos do influenciador estariam há dois anos sem frequentar uma escola, o que pode levar o pai a ser indiciado pelo crime de abandono intelectual.
Em nota ao Splash, a Polícia Civil de Minas Gerais disse que ratificou a prisão em flagrante do cabeleireiro, realizada pela PM, "pela prática dos crimes de abandono intelectual, fornecer bebida alcoólica e drogas ilícitas a menor de 18 anos e conjunção carnal mediante fraude (stealthing) - que consiste na retirada do preservativo durante a relação sexual, sem o consentimento da outra pessoa".
"Os adolescentes foram ouvidos e entregues a um familiar. O caso segue em investigação e sob sigilo na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. Informações poderão ser repassadas à imprensa ao final da investigação", finalizou o comunicado.
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