Três meses após o presidente Jair Bolsonaro sugerir um nome para a superintendência da PF no Rio de Janeiro, foi nomeado para o cargo nesta quinta-feira, 21, outro delegado, Carlos Henrique de Sousa, indicado pelo diretor geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, com o aval do ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública).
A definição do ocupante do posto no Rio de Janeiro, em substituição a Ricardo Saadi, foi tema de um entrevero entre Bolsonaro e Moro e causou desgaste entre o presidente, a cúpula da PF e o próprio ministro. Bolsonaro, que precipitou a saída de Saadi, queria substituí-lo por Alexandre Saraiva, superintendente no Amazonas. A PF não aceitava indicação de "cima para baixo" para o preenchimento dessa vaga.
A portaria do Diário Oficial da União nesta quinta-feira traz também a nomeação da delegada Carla Patricia Cíntia Barros da Cunha como superintendente da PF em Pernambuco, no lugar se Carlos Henrique Sousa. Quem assina é o número 2 do Ministério da Justiça, o secretário-executivo da PF, Luiz Pontel, em substituição ao ministro Moro.
Além dessas mudanças, o delegado João Vianey Xavier Filho foi nomeado superintendente em Alagoas. Vianey era o coordenador de inteligência da PF. Ele trabalhou na operação Spoofing, que levou à prisão seis suspeitos de hackear altas autoridades da República, incluindo Moro, parlamentares e ministros de tribunais superiores, e procuradores da Lava Jato.