Famosas se manifestam por sentença de 'estupro culposo' contra empresário acusado por influencer

O empresário André de Camargo Aranha é acusado pela influencer Mariana Ferrer de tê-la estuprado em 2018 em um clube de Florianópolis

A sentença inédita de “estupro culposo” contra o empresário André de Camargo Aranha, acusado pela influencer Mariana Ferrer por estupro ocorrido durante uma festa em 2018, deixou famosos e anônimos revoltados nesta terça-feira (3). O portal The Intercept Brasil divulgou um vídeo mostrando trecho do julgamento do caso em que o advogado de defesa do empresário diz que “jamais teria uma filha” do “nível” da influencer, e mostra fotos publicadas por ela no Instagram, segundo ele, em “posição ginecológica”. 

Famosas como Bruna Marquezine, Giovanna Ewbank, Rafa Kalimann, Gaby Amarantos, Tais Araújo, Deborah Secco, Luísa Sonza, Tatá Werneck, entre outras, se manifestaram sobre o caso em suas redes sociais. 

A atriz Taís Araújo publicou uma arte explicando o que é o crime de estupro e usou a hashtag #NãoExisteEstuproCulposo.

Bruna Marquezine compartilhou informações sobre o caso no Twitter e comentou “Estupro culposo pqp”. 

Gaby Amarantos também usou o Twitter para expressar indignação e fez uma analogia com o conceito de “racismo reverso” defendido por algumas pessoas.

Já a cantora Luísa Sonza disse ter "medo do que o Brasil tá se tornando" usando a hashtag #justiçapormariferrer, que entrou no Trending Topics do Twitter nesta terça.

Defesa 

André de Camargo Aranha foi considerado inocente pela Justiça. A sentença saiu em setembro deste ano.  

A argumentação da defesa foi de que não havia como André Aranha saber, durante o ato sexual, que Mariana Ferrer não estava em condições de consentir a relação. Para a defesa, portanto, não existiu “intenção” de estuprar, sendo assim um caso de “estupro culposo”, sem precedentes na lei. 

O empresário é defendido no processo pelo advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, um dos mais caros de Santa Catarina, segundo o Intercept.   

Gastão já representou Olavo de Carvalho em uma ação movida contra o historiador Marco Antônio Villa e a ativista antiaborto Sara Winter quando ela foi presa pela Polícia Federal por manifestações contra o STF, publicou o portal. 

O estupro teria ocorrido dentro do beach club Café de la Musique, em Jurerê Internacional, em Florianópolis, praia conhecida por ser point de ricos e famosos.