Doze pessoas são presas por 'ações terroristas' contra ônibus no Rio de Janeiro, diz Castro

Veículos foram incendiados após morte de sobrinho de miliciano

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), informou que 12 pessoas foram presas por "ações terroristas" após atearem fogo em pelo menos 36 ônibus nesta segunda-feira (23). As informações são da CNN.

"Prendemos 12 criminosos ateando fogo em ônibus. E esses criminosos já estão presos por ações terroristas. E como ações terroristas, estarão sendo encaminhados imediatamente para presídios federais, porque lá é local de terrorista", afirmou o governador.

Os ataques são uma represália à morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteu e Faustão, sobrinho do miliciano Zinho, na comunidade Três Pontes. Ele é apontado como o número 2 na hierarquia da milícia comandada pelo tio, e foi morto durante uma troca de tiros com a Polícia Civil.

O sindicato Rio Ônibus informou que esse foi o maior número de ônibus queimados na cidade em um único dia.

“Nossas forças de segurança estão unidas e ativas, e a nossa população pode dar um voto de confiança. Porque essa luta é para libertar nossa população dessas facções, dessas verdadeiras milícias”, disse Castro.

Segundo a Prefeitura do Rio, a atuação criminosa trouxe impacto para os bairros Guaratiba, Inhoaíba, Paciência, Cosmos, Santa Cruz e Magarça.

ENTENDA O CRIME

O miliciano Faustão foi morto após ser baleado em uma troca de tiros com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) e da Polinter.

Segundo a publicação, ele é o terceiro da família a morrer em confrontos com a Polícia Civil do Rio. Além dele, foram mortos Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, durante operação da Delegacia de Homicídios da Capital em 2017, e Wellington da Silva Braga, o Ecko, em 2021.