O assassino da socialite mineira Ângela Diniz, Doca Street, morreu nesta sexta-feira (18), no Hospital Samaritano em São Paulo, aos 86 anos devido a um infarto. Raul Fernando do Amaral Street, nome completo de Doca, ficou famoso depois de assassinar Ângela com quatro tiros no rosto.
O caso aconteceu em 1976, na cidade de Búzios, litoral do Rio de Janeiro. Doca foi julgado, primeiramente, em 1979, quando saiu inocentado. Posteriormente, em 1981, ele passou por novo júri, sendo condenado a 15 anos de prisão. Doca Street cumpriu três anos em regime fechado, dois anos em semiaberto e o resto da pena em condicional.
A lacuna de três anos entre uma audiência e outra foi suficiente para que se erguesse e fortalecesse um movimento feminista que, com faixas e cartazes contra Doca, recepcionou-o em frente à corte, em busca de algo diferente da alegação de "legítima defesa da honra" usada pelos advogados no primeiro tribunal.
Escoltado, Doca se deparou com um acampamento exclusivamente feminino, que gritava palavras de ordem pelo fim das agressões e crimes contra a mulher. Em um dos sinais que as manifestantes carregavam, dava para ler "O silêncio é cúmplice da violência".