Diretora de abrigo é presa suspeita de torturar crianças e conceder guarda sem autorização judicial

A mulher é suspeita de deixar as crianças sem comida como forma de castigo

Uma diretora de um abrigo de acolhimento para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social na cidade de Posse, no interior de Goiás, foi presa, nesta sexta-feira (28), suspeita de maus-tratos, tortura e de conceder guarda de crianças sem autorização judicial.

De acordo com informações repassadas pela Polícia Civil de Goiás ao G1, a mulher prendia as crianças em um quarto escuro por dias como forma de castigo. Além disso, algumas delas ficavam sem alimentação como punição.

A diretora também é suspeita de conceder guarda de crianças e adolescentes a famílias substitutas, sem autorização judicial, para retirá-las do local. 

Um dos casos investigados é o de uma menina de 5 anos, que foi entregue para uma tia no Piauí e morta por espancamento no último dia 14 deste mês. A tia foi presa suspeita do crime.

O irmão da menina, de apenas 3 anos, foi encontrado com sinais de maus-tratos. Ele também estava sob a guarda da tia. Os dois estavam no abrigo em Posse e foram entregues de forma irregular pela diretora.

Ainda conforme o delegado Humberto Soares, responsável pelo caso, a mulher também é suspeita de desviar doações de comidas recebidas pelo abrigo e de ter realizado um aborto em uma criança que estava no local. 

“Há sim uma denúncia de aborto ocorrido dentro da casa tendo uma das crianças como vítima. Estamos apurando a autoria e a materialidade delitiva, bem como a circunstância da diretora ter procedido ao aborto e encoberto os fatos”, informou Humberto Soares ao G1.