O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e seus assessores foram alvos de uma operação da Polícia Federal (PF), nesta segunda-feira (25). A informação foi confirmada pela TV Globo e GloboNews. Os policiais investigam um suposto desvio de recursos públicos de cota parlamentar.
Conforme as emissoras, a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com as buscas, autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O celular de Gustavo foi apreendido. Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado relata a abordagem dos policiais.
“Fui acordado às 6h com a minha porta sendo esmurrada pela Polícia Federal. O que eu sei até agora é que esse inquérito foi aberto no mês passado, 24 de setembro, né? Está aqui, ó, não dá para saber nada, ter nenhuma informação do que se trata. Sei que alguns assessores meus também receberam a busca e apreensão”, conta Gayer.
Na publicação, Gayer se defendeu ao afirmar não saber por quê foi um dos alvos. Além do celular, ele afirmou que a PF apreendeu discos rídigos e SSDs. “Alexandre de Moraes determinou essa busca e apreensão agora, aqui no documento não fala o porquê. Numa sexta-feira, sendo que a eleição é no domingo”, pontua.
De acordo com o g1, a PF também confiscou cerca R$ 70 mil reais em dinheiro vivo na casa de um dos assessores do deputado.
Em nota à imprensa, a Polícia Federal confirmou a operação, que recebe o nome de “Discalculia”, transtorno de aprendizagem relacionado a números. O título faz referência à uma falsificação na Ata de Assembleia da constituição da Organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP).
No quadro social da entidade, havia nomes de crianças de 1 a 9 anos. O que levantou suspeitas da corporação.
Mandados pelo País
Além do Distrito Federal, a PF també cumpre mandados nos municípios de Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás, Aparecida de Goiânia, e Goiânia, todos no estado de Goiás. Ceca de 60 policiais estão realizando as operações, que investigam os crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato.
Não há mandados de prisão nessa etapa da operação. Os suspeitos só respondem criminalmente apenas se o Ministério Público abrir uma denúncia.