Coletor de lixo demitido por vídeo viral ganha ofertas de trabalho

Pai de cinco filhos, homem recebeu grande apoio popular e até doação em dinheiro

Após perder o emprego por um vídeo viral em que aparece brincando no expediente, o coletor de lixo Vitor Celestino, 30, disse ter recebido propostas para novos empregos. As informações são do Uol

Ele ainda não fechou nenhum contrato, mas está esperançoso de retornar ao mercado de trabalho. "Recebi duas propostas. A primeira ainda está em negociação e a segunda não deu certo porque era para dirigir carro e eu não tenho habilitação", disse ele.

O vídeo que causou a demissão de Vitor foi compartilhado no TikTok em abril. Na gravação, feita em Botucatu, interior de São Paulo, ele aparece segurando um cano de papelão, olhando para os lados em alerta enquanto o colega de trabalho coleta algumas sacolas de lixo em uma calçada e as leva para o caminhão. Vitor não recorda quando o registro foi realizado, até porque disse não ter percebido estar sendo filmado

"Eu estava brincando de escoltar o caminhão, como se fosse um carro forte, como se as sacolas fossem dinheiro. Era uma brincadeira apenas. Recebi um comunicado de suspensão no dia 22 e, na sequência, fui mandado embora", detalhou ao veículo de comunicação.

Doação

Vitor relata ter recebido muito apoio popular desde que a história ganhou destaque, com muitas ligações e mensagens. Ele disse, ainda, ter recebido uma quantia em dinheiro, cujo valor não foi mencionado, doado por um empresário.

Vitor é pai de cinco filhos, sendo um bebê de quatro meses, três meninas ainda crianças, e um adolescente de 14 anos. A mulher dele está afastada do trabalho como zeladora em razão da licença-maternidade.

Pela demissão, o Grupo Corpus justificou que Vitor não faz mais parte do quadro de funcionários "por descumprimento das instruções de trabalho". "Ao não agir de acordo com as regras de segurança laboral, ele colocou em risco a sua integridade física e dos demais coletores", disse em nota ao Uol

O empreendimento ainda afirmou que a cena gravada viola o Código de Integridade e Ética, assinado por todos os funcionários logo após a contratação. "As imagens, feitas durante o expediente, simulam uma prática de crime e atividade ilegal da qual a empresa não compactua e rejeita veementemente."