O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, se manifestou nesta terça-feira (12) sobre a prisão do PM Ronie Lessa e do ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 14 de março de 2018. Usando a conta oficial da pasta no Twitter, o ministro disse esperar que as prisões sejam um passo para "elucidação completa" do crime e para que "os responsáveis sejam levados à Justiça".
Em outra publicação, Moro afirmou que a Polícia Federal (PF) "tem contribuído e continuará contribuindo com todos os recursos necessários para a continuidade das investigações do crime e das tentativas de obstrui-las".
Anistia Internacional
A Anistia Internacional, organização de defesa aos direitos humanos, também se pronunciou sobre as prisões dos acusados de assassinar a vereadora e seu motorista. Segundo a entidade, os homens presos nesta terça-feira (12) devem ser levados a julgamento, respeitando "o devido processo" e que "eventual responsabilidade criminal seja determinada".
A organização afirmou que irá designar um grupo externo e independente de especialistas para acompanhar as investigações e o processo.
A Anistia lembrou que muitas perguntas sobre o caso ainda não foram respondidas e que as investigações devem continuar até chegar aos mandantes do crime.
Prisões
Uma operação conjunta do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na madrugada desta terça-feira (12) dois suspeitos de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Ronie Lessa é policial militar reformado e Elcio Vieira de Queiroz foi expulso da Polícia Militar.
Segundo o Ministério Público, os dois foram denunciados depois de análises de diversas provas. Lessa teria sido o autor dos disparos de arma de fogo e Elcio, o condutor do veículo usado na execução. De acordo com a promotoria, "a empreitada criminosa foi meticulosamente planejada durante os três meses que antecederam o atentado".