Ronnie Lessa, ex-sargento reformado da Polícia Militar, também deve selar um acordo com a Polícia Federal (PF) em uma delação para fornecer novas informações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, segundo Natuza Nery, colunista do portal g1.
A negociação ocorre logo após a delação do ex-policial militar Élcio de Queiroz, também suspeito do atentado, que trouxe novos indícios sobre a morte de Marielle. A expectativa é que Lessa contribua com a investigação e traga pistas que levem à resolução do crime.
De acordo com a publicação, a situação de Lessa se complicou com a polícia por conta das novas informações dadas por Élcio, que foram cruzadas pela PF e pelo Ministério Público (MP). Caso a delação de Lessa também ocorra, deve-se aplicar rigor igual ou maior ao do celebrado por Élcio Queiroz – exigindo, por exemplo, que Lessa traga informações ou indícios novos sobre o mandante ou os mandantes do crime contra Marielle.
Delação de Élcio de Queiroz
Na última segunda (24), o ex-PM Élcio de Queiroz confessou, em delação premiada firmada com Polícia Federal (PF) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que dirigiu o veículo Cobalt de cor prata usado no ataque contra Marielle Franco. Além disso, ele admitiu que o também ex-PM reformado Ronnie Lessa foi o autor dos disparos com uma submetralhadora que assassinaram a vereadora.
No depoimento, Élcio disse ainda que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, fez campanas para vigiar Marielle e participaria da emboscada, mas acabou sendo trocado por ele.
MANDANTE NÃO REVELADO
O ex-PM disse não saber de quem foi a ordem para matar a vereadora, segundo informado pelos investigadores. A motivação para o crime seriam as causas defendidas por Marielle Franco, segundo o promotor do caso, Eduardo Martins, mas ainda não está descartado outras motivações. "Todas as linhas de investigação estão em aberto", disse.