O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento definiu normas para a identificação, o monitoramento e o controle da movimentação de bovinos importados de países considerados de risco para encefalopatia espongiforme bovina, chamada de vaca louca. As regras foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (22).
De acordo com a instrução normativa, o cadastro individual e o controle da movimentação de bovinos importados serão operacionalizados por meio da Base Nacional de Dados do Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos, e poderão ser incorporados ao sistema eletrônico de controle de trânsito de animais no âmbito do órgão estadual de Defesa Sanitária Animal, mediante aprovação do Departamento de Saúde Animal.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) manteve o Brasil na classificação de risco insignificante para a doença. Neste mês, um lado da organização concluiu que o caso de vaca louca em Mato Grosso foi atípico (tipo H), que costuma ocorrer em animais mais velhos. Trata-se de uma manifestação rara, não associada à ingestão de ração contaminada e com menor risco de disseminação.
A doença da vaca louca é causada por uma proteína chamada príon, que pode ser transmitida a bovinos e caprinos quando alimentados com ração de farinha contendo carne e ossos de animais contaminados. Além de causar a morte dos animais, a doença pode infectar seres humanos.