Rio de Janeiro. O ator Cláudio Marzo morreu ontem às 5h39, na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. Ele tinha 74 anos. O ator estava internado desde o início de março e foi vítima de um enfisema pulmonar. Segundo a assessoria de imprensa da clínica, o corpo do ator será cremado, respeitando um pedido feito por Marzo a seus filhos.
No ano passado, Cláudio Marzo já havia sido internado diversas vezes na Clínica São Vicente.
Seu último trabalho na televisão foi em 2008 na série "Guerra e Paz", da Rede Globo.
Em 2007, o ator interpretou Ramalho Jr. Na minissérie "Amazônia, de Galvez a Chico Mendes". No mesmo ano, ele atuou na novela "Desejo Proibido", quando contracenou com a atriz Fernanda Vasconcellos.
O ator também integrou o elenco de novelas como "Irmãos Coragem" (1970) e "Pantanal" (1990). Marzo foi casado com a atriz Betty Faria, com quem tem uma filha, Alexandra. Ele também foi casado com a atriz Denise Dumont, com quem teve um filho Diogo. O ator ainda é pai de Bento, fruto de seu casamento com a atriz Xuxa Lopes.
A família deve aguardar a chegada de Diogo, que mora na Austrália, para realizar o velório e a cremação. Bento, viajou do Pará, onde estava a trabalho, para o Rio de Janeiro. A filha, Alexandra Marzo, e a mulher, Neia, estavam na clínica com o ator.
Repercussão
Emocionado, o ator Tonico Pereira, que estreou em novela ao lado de Marzo, em "O Espigão" (TV Globo), de 1974, lembrou que, há sete meses, os dois ficaram alguns dias internados no mesmo hospital.
"Estávamos em quartos próximos. Um dia fui andando até o quarto dele, nós conversamos. No segundo dia, ele não me reconheceu. Fiquei meio desarvorado com a possibilidade de ele não me reconhecer", disse.
"É um dia muito triste. Devo muito da minha carreira a Claudio Marzo. Em O Espigão, ele me recebeu com uma cortesia que só um ser humano de primeira grandeza tem. No cinema, fizemos A Lira do Delírio", afirmou.
Par romântico de Claudio Marzo na primeira versão da novela "A Moreninha" (TV Globo), em 1965, a atriz Marília Pêra lembrou os encontros com o colega na casa do novelista Bráulio Pedroso. "Claudio era quietinho, mais introspectivo, uma pessoa maravilhosa", disse.