Após ser acusado de roubar celular, adolescente é morto por grupo de amigos de infância

Vítima foi espancada, enforcada e teve corpo jogado em rio

Um adolescente de 17 anos foi assassinado por cinco amigos de infância na madrugada do último domingo (10) em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

De acordo com as investigações, a vítima, identificada com Cauã Neres das Chagas, foi morta pelos colegas após uma discussão por conta de um celular. As informações são do jornal O Globo.

O corpo do jovem foi encontrado na tarde desta quarta-feira (13), no Rio Guandu, em um ponto ao lado da Rodovia Rio-Santos.

Entenda o crime

Segundo a Polícia Civil, Cauã chegou em um depósito de bebidas do bairro com mais um colega, onde os quatro rapazes suspeitos estavam no sábado (9). Depois, o grupo seguiu para outro bar, onde passaram a ouvir música no carro de um deles.

Neste momento, eles foram abordados por uma viatura da Polícia Militar, que solicitou que eles abaixassem o som e checou a documentação de todos. Um deles, porém, notou que seu celular havia sumido.

A vítima, pouco depois, encontrou o aparelho dentro do automóvel. Os outros cinco, então, acusaram Cauã de tentativa de furto.

Investigadores apontaram, após depoimentos colhidos, que os amigos decidiram "dar um susto" no adolescente, como uma punição pelo suposto crime.

Espancamento e corte na barriga

Dentro do carro, o grupo espancou a vítima, que ficou muito machucada. Com medo de que Cauã os denunciasse, os agressores resolveram matar o amigo de infância. Os assassinos, então, enforcaram o adolescente com um casaco. Em seguida, jogaram o corpo no Rio Guandu, sob um viaduto na Rodovia Rio-Santos.

Os criminosos ainda cortaram a barriga da vítima com uma faca e inseriram uma pedra para que ele não boiasse.

Grupo confessa o crime 

A 36ª DP pediu a prisão dos cinco envolvidos, mas a Justiça do Rio não se manifestou até o momento. De acordo com a Polícia Civil, todos os agressores, que permanecem na delegacia, confessaram participação no crime. Nenhum deles tinha passagens anteriores pela polícia, assim como Cauã.

A investigação segue para que seja possível particularizar as condutas dos envolvidos.