Anvisa restringe compra de cloroquina e hidroxicloroquina

Uso indiscriminado dos medicamentos causa escassez no mercado

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enquadrou como medicamentos de controle especial as substâncias hidroxicloroquina e cloroquina. A medida foi tomada devido ao grande número de pessoas que buscaram os medicamentos depois do surgimento de notícias de que esses produtos estavam sendo usados, ainda em caráter de pesquisa, no tratamento ao novo coronavírus.

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A Anvisa quer evitar que pessoas que não precisam efetivamente desse medicamento provoquem o desabastecimento do mercado. Entre os pacientes que precisam desses produtos estão pessoas com malária, lúpus e artrite reumatoide.

De acordo com a Anvisa, apesar de algumas pesquisas indicarem que esse produto pode ajudar no tratamento do novo coronavírus, com alguns resultados promissores, não há nenhuma conclusão sobre o benefício efetivo do medicamento no tratamento da doença. Portanto, a Anvisa, no momento, não recomenda sua utilização em pacientes infectados ou como forma de prevenção.

A partir de agora, os médicos terão que fazer a prescrição dessas substâncias em receita branca especial, em duas vias. Mas os pacientes que usam esses medicamentos ainda podem continuar usando sua receita simples pelos próximos 30 dias.

Presidente

Bolsonaro anunciou neste sábado (21) que o Exército irá intensificar a produção de cloroquina em seus laboratórios. A decisão, segundo Bolsonaro em vídeo publicado em uma rede social, foi tomada após ele tomar conhecimento de que o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, começou a analisar os efeitos da substância. Na postagem, o presidente escreve "Hospital Albert Einstein e a possível cura dos pacientes com Covid-19".