O Ministério da Saúde anunciou, na tarde desta sexta-feira (15), que conseguiu oxigênio para manter internados em Manaus 61 bebês prematuros. Os recém-nascidos seriam transferidos para outros estados diante do colapso enfrentado pela rede hospitalar da capital do Amazonas. A informação da transferência tinha sido divulgada pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula.
Segundo o ministério, os cilindros adquiridos poderão manter os prematuros por mais 48 horas em leitos de UTI. Por isso, foi mantida articulação com estados e municípios para disponibilização de leitos que possam receber os recém-nascidos.
São 56 leitos em sete cidades: 25 em Curitiba (PR), 11 em Vitória (ES), 9 em Imperatriz (MA), 4 em Salvador (BA), 3 Feira de Santana (BA), 1 em Ariquemes (RO) e 3 no município de Macapá (AM).
Em nota, a pasta federal destaca que "vai continuar monitorando a situação desses bebês e segue unindo esforços para conseguir mais balas de oxigênio para que os prematuros não precisem ser transferidos para outros estados".
"O Governo Federal irá prestar apoio em todo o processo logístico de remoção, junto às Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais, para que, caso ocorra a transferência, ela seja feita de forma segura e rápida, da forma mais cuidadosa possível, avaliando a necessidade e gravidade de cada recém-nascido", informou o ministério.
Transferência de pacientes
Fortaleza deve receber quatro pacientes com Covid-19 transferidos de Manaus. O Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), vinculado à Universidade Federal do Ceará (UFC), foi uma das nove unidades de saúde listadas pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para receber os pacientes com Covid-19 oriundos de Manaus, onde a falta de oxigênio em hospitais agravou a crise sanitária no Estado.
O Ministério da Saúde só está transferindo pacientes de Manaus que não estejam em um leito de terapia intensiva, que não venham a precisar desse serviço e que não tenham desenvolvido um aparente agravamento da saúde dos pulmões.
Quatro aeronaves fazem os transportes, sendo duas da Força Aérea Brasileira e duas de uma companhia privada, sob a responsabilidade do Ministério da Saúde. Os aviões estão equipados com oxigênio, mas não contam com serviço de terapia intensiva.