Veja quem é María Corina Machado, principal opositora de Maduro

A líder de oposição que afirmou ter entrado na "clandestinidade" por temer pela própria vida é nome central da oposição venezuelana

A engenheira, professora e ex-deputada venezuelana María Corina Machado, de 56 anos, tem ganhado destaque na imprensa internacional como a principal opositora de Nicolás Maduro. 

A líder tem se envolvido em manifestações contrárias ao presidente da Venezuela desde 2014 e, na atual crise do país — que envolve acusações de fraude sobre a reeleição de Maduro como presidente —, também tem sido atuante. 

Manifestações marcadas para o sábado (3), por exemplo, foram convocadas pela política. A atuação de oposição da líder, no entanto, data ainda de antes.

Atuação de oposição de María Corina Machado vem desde os anos 2000

A opositora foi uma das fundadoras da organização civil Súmate, surgida nos anos 2000. O grupo era contrário ao governo de Hugo Chávez, que foi presidente da Venezuela de 1999 a 2013, quando faleceu.

A atuação a levou para a política, tendo sido eleita deputada para a Assembleia Nacional venezuelana em 2010. A votação de María Corina Machado foi a maior do país na época. 

A líder também foi pré-candidata à eleição presidencial do País em 2012, mas não venceu as primárias da oposição. Em 2014, mesmo ano dos protestos que comandou, teve o mandato cassado

Impedida de ocupar cargos públicos por 15 anos

Apesar de ser a principal liderança de oposição a Maduro, María Corina Machado passou a ser impedida de ocupar cargos públicos por 15 anos, a partir de 2023, pela participação nos protestos antigovernamentais.

Mesmo com o impedimento, María foi a candidata mais votada nas primárias da oposição da Venezuela em 2023, alcançando 92,56% dos votos.

O nome oficial do grupo opositor no pleito deste ano foi o diplomata Edmundo González Urrutia. María Corina Machado reivindica a vitória do candidato e diz ter provas de “roubo” no resultado.

A política chegou a escrever um artigo publicado no The Wall Street Journal no qual afirmou que passaria à “clandestinidade" por temer pela vida, segundo a AFP. Ainda conforme o veículo, tanto Machado quanto González Urrutia apareceram em público pela última vez na terça (30).