O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o "ciclo repugnante" da violência no Oriente Médio. A declaração ocorreu durante reunião de emergência do Conselho de Segurança nesta quarta-feira (2), mesmo dia em que Irã e Israel recusaram uma possível trégua sugerida pela entidade.
Guterres foi classificado na terça-feira (1º) como "persona non grata" por autoridades israelenses. O G7, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, afirmou que "uma solução diplomática ainda é possível" no Oriente Médio. Os dois países fizeram alertas durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU, mas não chegaram a um acordo.
Israel bombardeou novamente, nesta quarta-feira (2), o sul de Beirute, um reduto do movimento pró-iraniano Hezbollah, e ameaçou Teerã com retaliação após o ataque com mísseis do dia anterior, ignorando os apelos internacionais para uma desescalada. Biden, presidente dos EUA e aliado de Israel, afirmou que não apoiará um ataque a instalações nucleares no Irã.
O chefe do Estado-Maior iraniano, general Mohamad Baqeri, alertou que o Irã atacaria "com maior intensidade" e bombardearia "todas as infraestruturas" de Israel se fosse atacado em retaliação.
Ataque do Irã
Na operação de terça-feira (1º), batizada de "Promessa Honesta 2", o Irã usou mísseis hipersônicos pela primeira vez, segundo a imprensa iraniana. Teerã afirmou que 90% dos mísseis atingiram o alvo.
O ataque deixou duas pessoas levemente feridas em Israel, segundo os serviços de emergência, e matou um palestino na Cisjordânia ocupada, segundo uma autoridade palestina.
De acordo com o Exército israelense, um grande número de mísseis foi interceptado pelo escudo antimísseis. Sirenes de alerta soaram em todo Israel e o espaço aéreo foi fechado.