Rússia faz acordo com líder dos mercenários e não punirá rebeldes

Porta-voz russo disse que a decisão foi para evitar um derramamento de sangue

Após acordo, o líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu o avanço de suas tropas em direção a Moscou. A informação foi confirmada pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Na negociação, o Governo da Rússia concordou em não punir o comandante dos rebeldes nem os envolvidos na revolta.

Como parte do acordo, Prigozhin deve se exilar em Belarus, país aliado de Moscou, e deixar o front na Ucrânia e São Petersburgo, sua cidade natal. Por fim, o governo concordou em incorporar ao Ministério da Defesa os mercenários que não aderiram à revolta.

"Evitar um derramamento de sangue compensa mais do que perseguir alguém criminalmente", disse o porta-voz. O grupo tinha avançado para cerca de 200km da capital da Rússia nas últimas 24 horas.

"Eles queriam dissolver a companhia militar Wagner. Em 23 de junho, embarcamos em uma marcha pela justiça. Em 24 horas, chegamos a 200 km de Moscou. Nesse tempo, não derramamos uma única gota de sangue de nossos combatentes", disse Prigozhin