A empresa de energia russa Gazprom afirmou que irá suspender o fornecimento de gás para a Polônia e a Bulgária a partir desta quarta-feira (27). Os dois países, no entanto, descartaram riscos de escassez.
"Hoje, a Bulgargas EAD recebeu uma notificação de que os fornecimentos da Gazprom Export serão suspensos a partir de 27 de abril de 2022", informou o Ministério da Economia da Bulgária em um comunicado.
"A Gazprom informou à PGNiG sobre sua intenção de suspender completamente o fornecimento no âmbito do contrato Yamal (...) em 27 de abril", também informou a empresa polonesa de gás.
Polônia e Bulgária garantiram, entretanto, que não haverá escassez, pois irão buscar o gás de outras fontes. "Não haverá escassez de gás nos lares poloneses", disse no Twitter a ministra do clima, Anna Moskwa. "Desde o primeiro dia da guerra, declaramos que estamos preparados para a plena independência das matérias-primas russas", acrescentou.
O governo búlgaro ainda declarou ter realizado "ações para encontrar acordos alternativos para o fornecimento de gás natural". O país assegura que "por enquanto" não está prevista nenhuma medida restritiva de consumo.
Sanções
Após a adoção de sanções contra a Rússia por parte dos países ocidentais, o Kremlin advertiu que os abastecimentos de gás seriam interrompidos se não fossem pagos em rublos a partir de contas russas. No entanto, Moscou esclareceu que o preço do gás seria mantido na moeda dos contratos atuais, quase sempre em euros ou dólares, e que os clientes teriam que fazer uma simples operação de câmbio na Rússia.
"A parte búlgara cumpriu plenamente suas obrigações e efetuou todos os pagamentos exigidos no contrato em seu devido tempo", disse o governo da Bulgária após o anúncio da Gazprom.
"Não se ajusta ao contrato vigente até o final deste ano e apresenta riscos significativos para a parte búlgara, como realizar pagamentos sem receber nenhuma entrega de gás da parte russa", acrescentou.