O Fundo Amazônia, que tem o objetivo de restaurar 6 milhões de hectares de áreas prioritárias até 2030, receberá 35 milhões de libras (equivalente a cerca de R$ 215 milhões) do Reino Unido. O anúncio foi feito neste sábado (2) durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28).
Conforme o g1, o encontro contou com a ministra brasileira do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; a ministra britânica para segurança energética, Claire Coutinho; o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. A COP28 segue ocorrendo até o dia 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes.
"Estou entusiasmada não apenas por podermos formalizar essa contribuição, mas também anunciarmos mais 35 milhões de libras para o fundo, para reconhecer e ajudar a apoiar a visão do Brasil para as florestas e as pessoas que a protegem”.
O governo britânico detalhou que a participação financeira do Reino Unido na agenda climática do Brasil chega a mais de 385 milhões de libras (R$ 2,3 bilhões). A parceria busca intensificar a cooperação entre os países no âmbito de transição climática e preservação de florestas.
Contrato com o BNDES
Além disso, na tarde deste sábado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou um edital de R$ 450 milhões para investir na restauração de grandes áreas desmatadas ou degradadas do bioma amazônico. A chamada faz parte de um programa maior, denominado Arco de Restauração na Amazônia.
"Vamos fazer reflorestamento, para a floresta se regenerar. É a resposta mais barata e mais rápida para a crise climática, porque sequestra carbono e armazena carbono", explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
O Restaura Amazônia vai selecionar três organizações com experiência e capacidade para atuar como parceiros gestores da iniciativa nos territórios. Cada um será responsável por uma das três macrorregiões estabelecidas:
- Estados do Acre, Amazonas e Rondônia;
- Mato Grosso e Tocantins;
- Pará e Maranhão.
O objetivo é restaurar 6 milhões de hectares de áreas prioritárias até 2030 e mais 18 milhões de hectares até 2050. A previsão é de que o Arco da Restauração poderá gerar até 10 milhões de empregos na Amazônia.