Maduro é proclamado presidente da Venezuela pela autoridade eleitoral: 'Vontade absoluta'

O líder chavista ocupará a Presidência pela terceira vez consecutiva.

A autoridade eleitoral venezuelana proclamou oficialmente, nesta segunda-feira (29), o presidente Nicolás Maduro vencedor das eleições de domingo (28) — cujo resultado não foi reconhecido pela oposição e foi questionado por vários países. 

"Os venezuelanos expressaram sua vontade absoluta ao eleger Nicolás Maduro Moros como presidente da República Bolivariana da Venezuela para o período 2025-2031", disse o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, próximo do chavismo.

O resultado da eleição venezuelana foi um triunfo da independência nacional apesar das sanções, avaliou o presidente Nicolás Maduro, na madrugada de segunda-feira (29). Maduro pediu respeito dos demais países ao resultado das urnas e chamou setores da oposição ao diálogo

A principal campanha opositora, liderada por Edmundo González, disse não reconhecer o resultado. A opositora Maria Corina Machado denunciou que nem todas as atas das urnas teriam sido entregues às testemunhas da oposição e disse que “o dever das Forças Armadas nacionais é fazer valer a vontade popular e é isso que nós esperamos”.

País 'bloqueado' no mundo

A Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial iniciado em 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia passaram a não reconhecer a legitimidade do governo Maduro. 

Em discurso, o presidente reeleito pediu que os países respeitem o resultado. “O poder eleitoral tem um sistema eleitoral de altíssimo nível de confiança, segurança e transparência com 16 auditorias”, afirmou, acrescentando que “quando houve o debate em que Donald Trump denunciou que lhe roubaram as eleições nos Estados Unidos, nós não nos metemos nisso”.

Segundo Maduro, eles “já conhecem esse filme” da oposição que costuma acusar fraude. “[Em 2004] trataram de manchar o resultado eleitoral com gritos de fraude e saíram todos em coletivas de imprensa. Ramos Allup [líder opositor à época] disse ‘tenho provas e em 24 horas apresento as provas contundentes’. Ainda hoje estamos esperando”, ironizou.