As forças russas apertaram o cerco a Kiev neste sábado (12) e bombardearam áreas civis de outras cidades ucranianas. Após ataque, imagens de satélite mostram destruição de ruas, casas e edifícios de Mariupol.
De acordo com as autoridades ucranianas e russas, a situação humanitária de várias cidades já pode ser qualificada como "catastróficas". No caso de Mariupol, já foram registrados pelo menos 1,5 mil civis mortos em 12 dias.
Mariupol é uma cidade portuária estratégica às margens do Mar de Azov. Há doze dias, um cerco russo isolou seus moradores do resto do mundo, privando-os, ainda, de água, gás e energia elétrica.
"Mariupol sitiada é atualmente a pior catástrofe humanitária do planeta. São 1.582 civis mortos em 12 dias, enterrados em valas comuns como esta".
É uma situação "quase desesperadora", advertiu a organização Médicos sem Fronteiras (MSF), dois dias depois de um representante do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) reportar brigas por comida.
"As tropas russas não deixaram nossa ajuda entrar na cidade", afirmou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometendo que vai tentar novamente enviar provisões.
BOMBARDEIO EM MESQUITA
O ministério ucraniano das Relações Exteriores afirmou neste sábado que as forças russas bombardearam uma mesquita onde havia 80 civis refugiados, mas um dos envolvidos nas operações de evacuação dessa cidade negou essa informação pouco depois.
Em declarações à emissora turca HaberTürk, Ismail Hacioglu, presidente da associação daquela mesquita, explicou que o bairro onde se situa a mesquita foi atacado, mas que o templo não foi atingido.