Homens encapuzados e armados com rifles e granadas invadiram, nesta terça-feira (9), um estúdio do canal de TV estatal TC Televisión, em Guayaquil, em meio a um novo ataque do narcotráfico que abala o Equador há dois dias. Os suspeitos mantêm pessoas como reféns e houve disparos dentro do estúdio.
Nas imagens, que foram transmitidas pelo canal, é possível ouvir uma mulher dizendo "não atirem, por favor, não atirem", enquanto outras vítimas aparecem sentadas no chão cobrindo o rosto. O programa El Noticiero estava sendo exibido ao vivo.
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Que pena todo lo que esta pasando con los hermanos del canal tc televisión, Dios los cuide pic.twitter.com/behRNVacSz
— Emergencias Ec (@EmergenciasEc) January 9, 2024
A Polícia Nacional do Equador informou que está se dirigindo ao local da ocorrência. Segundo a imprensa equatoriana, um homem chegou a encostar uma arma no pescoço de um apresentador. Além disso, um artefato explosivo teria sido colocado na recepção do canal.
Estado de exceção
O Equador enfrenta onda de violência nos últimos anos com sequestros de policiais, traficantes que fugiram da prisão, tumultos em presídios, ataques com explosivos nas ruas e o tráfico de drogas.
Daniel Noboa, presidente do Equador, decretou, nesta segunda-feira (8), estado de exceção em todo o país, inclusive no sistema penitenciário, após a fuga do chefe da maior facção criminosa de um presídio em Guayaquil.
O anúncio do mandatário foi feito em publicação no Instagram. "Acabo de assinar o decreto de estado de exceção para que as Forças Armadas tenham todo o apoio político e legal em seu agir" nas ruas e centros de reclusão, escreveu ele.
O estado de exceção estará em vigor por 60 dias em todo o país, incluindo nas penitenciárias. A medida inclui um toque de recolher de seis horas, entre 23h e 5h, horário local (das 01h às 07h em Brasília).
A ação de Noboa, que assumiu a Presidência em novembro por um ano e meio ao ser eleito em uma votação antecipada, deve mobilizar os militares às ruas e sua entrada nos presídios, em alusão a uma "grave comoção interna" na nação, assim como a suspender os direitos civis.