EUA e aliados acusam China por ataques cibernéticos

O país, assim como a União Europeia, definiu as atividades cibernéticos como maliciosas

Os Estados Unidos afirmaram nesta segunda-feira (19), com aliados, que  planejam condenar juntos, as atividades cibernéticas "maliciosas" de Pequim. A intenção seria acusar o governo chinês de realizar operações de extorsão contra empresas, mas também de ameaçar a segurança, segundo um alto funcionário americano.
 
"Um grupo inédito de aliados e sócios, incluindo a União Europeia, Reino Unido, Austrália, Canadá, Nova Zelândia, a OTAN, se unirão aos Estados Unidos para expor as atividades cibernéticas maliciosas do ministério da Segurança chinês", declarou à imprensa, com condição de anonimato.

Ameaça econômica

A declaração desta segunda (19) apontou que as atividades cibernéticas da China representam "uma grave ameaça para a economia e a segurança nacional".
 
Acusarão o governo chinês especialmente de "recorrer a hackers criminosos" para realizar ataques no mundo todo, às vezes "por benefício próprio", e detalharão "50 de suas táticas, técnicas e procedimentos", afirmou.
 
Os ataques de "ransomware" - ou programa de chantagem -, que implicam bloquear os dados dos servidores das vítimas e depois exigir dinheiro para restabelecer o acesso, são cada vez mais frequentes e grandes empresas americanas foram vítimas deles recentemente, embora majoritariamente por hackers ligados à Rússia.
 
Em sua declaração, Estados Unidos e seus aliados acusarão formalmente a China pelo ataque em março contra os serviços de mensagens Exchange do grupo Microsoft, que teria afetado ao menos 30.000 organizações, incluindo empresas, municípios e instituições locais nos Estados Unidos.