Embaixadora dos Estados Unidos na ONU renuncia

Nikki Haley se torna a mais nova integrante do governo Trump a deixar o cargo; ela não explicou os motivos que levaram à renúncia

Duas semanas após o discurso que o presidente Donald Trump fez na Assembleia Geral da ONU e no qual reforçou o patriotismo e rejeitou o "globalismo", Nikki Haley, embaixadora americana na organização multilateral, decidiu renunciar ao posto.

Haley ainda não explicou os motivos que a levaram a deixar o cargo. Na manhã desta terça (9), ela passou por jornalistas na Casa Branca, mas não fez comentários.

A secretária de Imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, escreveu em uma rede social que "o presidente Trump e a embaixadora Nikki Haley" se encontrariam às 10h30 local (11h30 de Brasília). O próprio republicano tinha escrito mais cedo que haveria um "grande anúncio" com "minha amiga embaixadora" no Salão Oval, às 10h30.

A ex-governadora da Carolina do Sul foi escolhida como embaixadora na ONU após a vitória do republicano nas eleições presidenciais de 2016. A nomeação ocorreu apesar de ela ter apoiado Marco Rubio, rival de Trump, nas primárias do partido no estado. Depois, Haley respaldou o senador pelo Texas Ted Cruz.

Haley tem sido uma das mais ferrenhas defensoras de Trump. No início do ano, ela anunciou a saída dos EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU, acusando o órgão de ser "hipócrita" e ter um "viés anti-Israel".

Ela se tornou a mais nova integrante do governo Trump a abandonar o cargo. Haley se junta a nomes como Rex Tillerson, que deixou o posto de secretário de Estado, John McEntee, assessor pessoal, Gary Cohn, assessor econômico, e Steve Bannon, estrategista-chefe.

Em 25 de setembro, durante discurso no plenário da ONU, Trump condicionou o apoio financeiro dos EUA a quem "respeita" e é "amigo" do país.

O republicano rejeitou "a governança global, o controle e a dominação" e defendeu o direito ao isolacionismo, afirmando preferir o patriotismo ao globalismo.