O ataque extremista ocorrido em Moscou, na tarde dessa sexta-feira (22), recebeu um alerta há duas semanas da embaixada norte-americana instalada na capital russa.
Conforme portais norte-americanos, autoridades estadunidenses haviam sido informadas sobre a presença de um braço direito do Estado Islâmico no país e teriam avisado ao Governo russo sobre o risco iminente do ataque.
Esse foi o pior atentado já registrado na Rússia em 20 anos. Segundo testemunhas, homens entraram atirando e, em um momento, jogaram um coquetel molotov (arma química incendiária), na casa de show.
O ataque ocorreu por volta das 20h (14h em Brasília), na casa de show Crocus City Hall, em Krasnogorsk, cidade próxima a Moscou. Em imagens exibidas por agências russas, é mostrado homens camuflados atirando com armas automáticas. A ação começou pelo saguão e logo em seguida partiu para o salão do local.
Mortos e feridos
Até o momento, foram contabilizados 115 mortes e 120 pessoas feridas, desses, 60 estão em estado grave. Ao todo, a casa de show tem capacidade para 6.000 pessoas, no entanto, ainda não se tem informações de quantas pessoas estavam presentes no momento do ataque.
Além do tiroteio, homens atearam fogo na casa de show. O incêndio já foi controlado pelos bombeiros, porém, conforme a Tass, agência de notícia russa, o teto do Crocus City Hall pode cair a qualquer momento devido às explosões.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ainda não se pronunciou oficialmente, todavia, um aliado do político, Dmitry Medvedev, declarou que tanto os atiradores como as pessoas por trás do atentado serão perseguidos e mortos.
"Todos eles devem ser encontrados e destruídos sem pena, como terroristas. Morte por morte", escreveu em seu canal no Telegram.
Eventos públicos de larga escala já foram cancelados no país. Além disso, aeroportos e estações em toda a capital estão com a segurança reforçada.