Após ataques israelenses, 87 pessoas morrem Gaza, diz Hamas

O mais recente conflito entre Israel e Hamas começou em outubro de 2023

Israel bombardeou neste sábado (6) vários setores da Faixa de Gaza, incluindo um ataque que deixou 16 mortos, segundo autoridades do Hamas, em uma escola que abrigava deslocados pela guerra, às vésperas de novas negociações indiretas no Catar visando um cessar-fogo.

Dentre as vítimas estão ao menos quatro jornalistas. Pelo menos 87 pessoas morreram em Gaza nas últimas 48 horas, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

O órgão informou neste sábado que 16 pessoas foram mortas no bombardeio israelense de uma escola que abrigava deslocados no campo de refugiados de Nuseirat, no centro do território.

Israel disse que sua aviação havia atacado "vários terroristas" no "setor da escola Al Jauni" de Nuseirat, gerida pela ONU. 

 

"Este local servia como esconderijo e infraestrutura operacional de onde eram realizados ataques contra soldados", declarou o Exército israelense.

O Ministério da Saúde do Hamas denunciou um "massacre abominável" na escola de Nuseirat, acrescentando que outras 50 pessoas ficaram feridas e foram levadas ao Hospital dos Mártires de Al Aqsa. 

"Estilhaços me atingiram quando estava na sala de aula, crianças ficaram feridas", contou Samah Abu Amsha à AFP.

De acordo com o gabinete de imprensa do Hamas, cerca de 7.000 deslocados estavam nessas instalações.

Antes disso, socorristas haviam relatado 10 mortos, incluindo três jornalistas locais, em um ataque aéreo contra uma casa no campo de refugiados de Nuseirat. Outro jornalista morreu na Cidade de Gaza, no centro da Faixa, segundo o gabinete de imprensa do Hamas.

Guerra entre Israel e Hamas

O conflito começou em 7 de outubro, quando milicianos islamistas mataram 1.195 pessoas, em sua maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo levantamento da AFP com base em dados oficiais israelenses.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva no território palestino que já deixou 38.098 mortos, também em sua maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

A ONU alertou para as condições "desastrosas" em que vivem os 2,4 milhões de habitantes da Faixa, sem água nem comida devido ao cerco imposto por Israel. Além disso, o conflito forçou o deslocamento de 80% da população.