Os chineses estão em festa. Desde este sábado (10) eles celebram o que chamam de Ano do Dragão. Enquanto a virada de ano no mundo ocidental ocorre de 31 de dezembro a 1 de janeiro, acompanhando o calendário gregoriano, na China as datas baseiam-se na posição da Lua em relação à Terra. Trata-se do calendário "lunissolar" (combinando elementos do calendário lunar e solar).
A festividade é marcada por um feriado de uma semana e 15 dias de festas no total. O Ano do Dragão leva o nome de um dos doze animais do zodíaco chinês, o qual é popularmente conhecido por ser associado à força, vitalidade e boa sorte. Conforme a tradição, este é um período em que se espera que essas características influenciem as vidas das pessoas.
Para os chineses e muitos outros ao redor do mundo que seguem o calendário "lunissolar", trata-se de um momento de renovação, reunindo famílias, celebrando a herança cultural e afastando os maus espíritos.
Enquanto o calendário gregoriano segue data fixa, o "lunissolar" é variável, caindo entre o fim de janeiro e meados de fevereiro, dependendo do ciclo lunar. Além disso, se no gregoriano um ano é o tempo que a Terra demora para dar a volta em torno do sol, no lunar levam-se em conta 12 ciclos da lua.
O calendário chinês também é cíclico, com duração de doze anos, cada um representado por um animal do zodíaco chinês. Rato, Boi, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Carneiro, Macaco, Galo, Cão e Porco são os animais que representam esses doze signos do zodíaco.
Outra diferença é que, enquanto no mundo ocidental comemora-se a virada do ano em uma data, o chamado Réveillon, no oriente, as celebrações do Ano Novo Chinês se estendem e culminam com o Festival das Lanternas. Durante esse período, é comum ver desfiles, danças de dragão, queima de fogos de artifício e reuniões de amigos e famílias.