O telescópio espacial James Webb capturou novas imagens da galáxia Messier 74, também conhecida como "galáxia fantasma". O sistema está na Constelação de Peixes, a cerca de 32 milhões de anos-luz de distância da Terra, e é um dos favoritos dos astrônomos que estudam a origem e a estrutura das espirais galácticas.
As fotos — que incluem, também, registros feitos pelo telescópio Hubble, um "primo distante" do Webb — foram divulgadas nesta segunda-feira (29) pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).
Segundo a ESA, chamam atenção na galáxia fantasma seu formato perfeitamente simétrico, seus "braços" espirais bem definidos e o fato de o sistema estar quase de frente para a Terra e, mesmo assim, ser observado com dificuldade sem um equipamento profissional potente.
"M74 é uma classe particular de galáxia espiral conhecida como 'espiral de grande design', o que significa que seus braços espirais são proeminentes e bem definidos, ao contrário da estrutura irregular e irregular vista em algumas galáxias espirais", explica a agência espacial.
Detalhes
A visão nítida da galáxia fantasma capturada pelo James Webb revelou delicados filamentos de gás e poeira nos braços espirais do sistema, que se estendem para fora do centro da imagem.
Além disso, a falta de gás na região nuclear possibilitou aos astrônomos uma visão desobstruída do aglomerado de estrelas nucleares no centro da galáxia.
Isso é importante porque os profissionais buscam, neste momento, identificar regiões de formação de estrelas nas galáxias, medir com precisão as massas e as idades dos aglomerados de estrelas e obter informações sobre a natureza dos grãos de poeira à deriva no espaço interestelar.
Nas fotos, as cores vermelhas marcam a poeira enfiada nos braços da galáxia fantasma. Em laranja mais claro estão as áreas de poeira mais quente. As estrelas jovens estão ao longo dos braços espirais e do núcleo, destacadas em azul. Estrelas mais pesadas e mais velhas em direção ao centro da galáxia são mostradas em ciano e verde, projetando um brilho considerado "assustador" pela ESA.
Combinação de dados de telescópios
As novas imagens resultam de uma combinação de dados dos telescópios James Webb e Hubble.
Para a ESA, essa forma de trabalho tem colaborado para que os cientistas obtenham mais informações sobre objetos astronômicos do que usando um único observatório, mesmo sendo o tão poderoso Webb.