O cientista americano David Julius e o americano de origem libanesa e armênia Ardem Patapoutian foram anunciados nesta segunda-feira (4) como os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina 2021 por suas descobertas sobre como o sistema nervoso percebe a temperatura e o tato. Eles dividirão o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 6,1 milhões).
O júri do Nobel, em Estocolmo, avaliou que as "descobertas revolucionárias" da dupla nos "permitiram compreender como o calor, o frio e a força mecânica podem desencadear impulsos nervosos que nos permitem perceber e nos adaptar ao mundo".
Nossa capacidade para sentir o calor, o frio e o tato é essencial para sobreviver e dela depende nossa interação com o mundo que nos cerca.
David Julius, de 65 anos, professor da Universidade da Califórnia, usou capsaicina, um composto ativo das pimentas que provoca sensação de ardor, para identificar um sensor nas terminações nervosas da pele que respondem ao calor.
Ardem Patapoutian, professor da Scripps Research na Califórnia e nascido em 1967, utilizou células sensíveis à pressão para descobrir um novo tipo de sensores que respondem a estímulos mecânicos na pele e nos órgãos internos.
Entre os principais candidatos a vencer o Nobel de Medicina deste ano estavam as vacinas de RNA mensageiro, assim como pesquisas de adesão celular, epigenética, resistência aos antibióticos e novas formas de tratamentos em reumatologia, segundo especialistas consultados pela AFP.
No ano passado, o prêmio foi atribuído a três virologistas pela descoberta do vírus da hepatite C.