A cidade de Salvador registrou o primeiro caso de Febre do Oropouche, doença similar à dengue, subindo para 47 o número de pacientes positivados na Bahia. Além da capital, as cidades de Teolândia (22), Valença (10), Laje (10), Mutuipe (2) e Tapeorá (2) também registraram casos no estado.
Em nota enviada ao Diário do Nordeste, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Salvador (CIEVS SSA) recebeu uma notificação, na última segunda-feira (8), com a confirmação laboratorial de um caso de Oropouche de um residente de Salvador.
Segundo a SMS, o paciente teve histórico de viagem recente ao município baiano de Teolândia, que vem registrando ocorrências de casos positivos para a doença, juntamente com os municípios de Laje e Valença. O órgão afirmou ainda que, imediatamente após a notificação do caso, foi iniciada a investigação epidemiológica.
A SMS esclareceu que o caso não tem sua origem em Salvador. "Contudo, o CIEVS SSA segue atento e vigilante sobre a questão na capital baiana", diz a nota.
De acordo com informações do Correio da Bahia, apenas no final de março, nove casos foram detectados, sendo todos no sul da Bahia. Na época, Valença teve sete registros, e Laje, dois.
O QUE É A FEBRE OROPOUCHE?
A febre do oropouche é uma doença causada por um arbovírus — vírus transmitido por artrópodes do gênero Orthobunyavirus. A transmissão ocorre pela picada do mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim. Além disso, o Culex quinquefasciatus, uma das espécies popularmente chamada de pernilongo, também pode atuar como vetor.
Os sintomas da febre do oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Não existe tratamento específico, mas o paciente deve permanecer em repouso e ter acompanhamento médico.
O vírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, a partir de amostra de sangue de uma bicho-preguiça (Bradypus tridactylus) capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).
PREVENÇÃO
- Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível.
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
- Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
- Se houver casos confirmados na sua região, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.