A Defesa Civil de Maceió relatou um aumento no ritmo de afundamento do solo onde está localizada a mina da Braskem nesta segunda-feira (4). O órgão permanece em alerta máximo devido ao risco iminente de colapso.
Segundo a nota da Defesa Civil, a mina n° 18 está com o deslocamento vertical de 0,26 cm por hora, o que representa um movimento de 6,3 cm nas últimas 24h. O afundamento acumulado até o momento é de 1,80m.
As informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas, afirma o órgão, que também reforçou a recomendação de que a população não deve transitar na área de risco.
"A população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo".
Histórico
A instabilidade no solo de Maceió foi causada pela extração de sal-gema do subsolo e ocasionou o afundamento de cinco bairros. Essas localidades foram ou estão sendo parcialmente desocupadas.
Após a extração do minério, as minas ficaram cheias com um líquido químico que vazou, formando vários desabamentos. Os tremores seriam também relacionados a acomodação do solo, a partir dos deslocamentos no subsolo.
A prefeitura de Maceió e a Baskem fecharam um acordo em julho deste ano, assegurando ao município uma indenização de R$ 1,7 bilhão por conta do afundamento dos bairros. O caso teve início em 2018, data do primeiro tremor ocorrido, e prejudicou mais de 60 mil moradores.
De acordo com o órgão, os recursos serão destinados à realização de obras estruturantes na cidade e à criação do Fundo de Amparo aos Moradores (FAM).