Limpar nariz com dedo aumenta risco de Alzheimer, aponta estudo

O mau hábito vem sendo associado a várias outras patologias, visto que danifica a mucosa nasal e leva microorganismos para dentro do corpo

Em estudo publicado em outubro do ano passado na plataforma Nature, cientistas australianos descobriram, em experiências com camundongos, que extrair secreção do nariz pode levar uma bactéria chamada Chlamydia pneumoniae até o cérebro, através dos nervos olfativos. Além disso, eles comprovaram uma correlação entre a infecção do sistema nervoso central com o patógeno e a doença de Alzheimer. Informações foram publicadas pelo g1.

De acordo com os pesquisadores, quando a C. pneumoniae circula pelo organismo, as células cerebrais reagem produzindo a proteína beta amiloide, que, em determinadas concentrações, indica a enfermidade neurodegenerativa.

Outras patologias

A futucação excessiva do nariz também vem sendo associada pelos cientistas a outras doenças. Isso porque as mãos humanas estão em constante contato com bactérias e praticamente ninguém limpa o dedo antes de enfiá-lo no nariz.

Assim, se a imunidade da pessoa está debilitada e a mucosa, danificada pelo mau hábito, os micróbios podem se espalhar pelo corpo e parar até no cérebro, provocando uma meningite bacteriana, cujos sintomas são dor de cabeça, rigidez do pescoço, confusão mental e sensibilidade à luz.

Além disso, os danos à mucosa também podem provocar lesões na região, resultando em sangramentos e até no rompimento do septo nasal.

Mau hábito

De acordo com o g1, em casos raros, a exploração excessiva das narinas pode se transformar em um transtorno obsessivo-compulsivo chamado na psicologia de "rinotilexomania". O mau hábito se torna incontrolável e se manifesta, especialmente, em situações de nervosismo ou insegurança. 

Com informações de uma consulta feita pelo autor Christop Drösser para o livro 'Como nós, alemães, funcionamos', o portal também destacou que homens costumam tirar mais "meleca" do nariz (62%) do que as mulheres (51%).