Quase 10 meses após ser encontrada morta, a primeira audiência do caso Stefhani Brito será realizada nesta quarta-feira (24), no Fórum Clóvis Bevilaqua, em Fortaleza. A previsão é de que sejam ouvidas as testemunhas de acusação e defesa. O corpo de Stefhani, de 22 anos, foi encontrado no dia 1º de janeiro deste ano próximo à lagoa da Libânia, no Mondubim, com sinais de tortura. A morte da jovem causou comoção.
O principal suspeito é o ex-namorado dela, Francisco Alberto Nobre Calixto Filho, que está foragido desde o dia 05 de janeiro, quando teve a prisão preventiva decretada pela juíza Elizabeth Santos Vale Rodrigues.
A mãe da jovem, Maria Rosilene Brito, conversou com nossa reportagem e disse que não conseguiu dormir pensando em como seria a audiência.
"E a realidade é que eu me sinto apreensiva, nervosa, não estou bem, não estou preparada, mas a gente tem que enfrentar. É uma realidade dura, difícil de viver, mas a gente tem que seguir em frente pela justiça", contou.
Ainda de acordo com a mãe, o que mais a deixa apreensiva é o fato do ex-namorado e principal suspeito não ter sido localizado pela Polícia até hoje. E, para ela, a filha não merecia ter sido morta com tanta barbaridade.
Perguntada se algum dia ela perdoaria o ex-namorado, dona Rosilene disse que se hoje o encontrasse e caso ele pedisse perdão, ela não sabe se conseguiria perdoar e nem como seria sua reação. Maria Rosilene diz que sua única certeza é que ela deseja que o suspeito seja encontrado e pague pelo crime atrás das grades.
Intervenção de apoio
No momento da audiência, o Fórum Cearense de Mulheres (FCM) e outras entidades vão realizar uma intervenção na entrada do Fórum Clóvis Beviláqua, distribuindo panfletos e dialogando com as pessoas para exigir que se faça justiça em respeito à vida de todas mulheres, em especial à de Sthefani.