O professor suspeito de estuprar e engravidar a enteada, que na época do crime tinha 13 anos, no interior do Ceará mantinha um 'quarto erótico' em casa. O docente teria usado o cômodo para violentar sexualmente a vítima há cerca de seis meses.
Em um vídeo gravado no quarto, é possível ver algemas envoltas em pelúcia vermelha e dispostas sobre a cama do cômodo. Há, ainda, no teto do aposento, um sistema de luzes de LED acoplado a um espelho que fica em sobre a cama. O cômodo está na residência do suspeito, localizada no município de Mulungu, onde aconteceu o crime.
>Suspeito de estuprar e engravidar enteada de 13 anos, professor seguia dando aulas no Ceará
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) informou que concluiu o inquérito policial sobre o caso. Conforme o Órgão, contra o suspeito, há um mandado de prisão preventiva em aberto. O professor foi indiciado por estupro de vulnerável e segue sendo procurado pelas autoridades policiais.
Crime
A jovem, 14, que na época do crime tinha 13 anos, foi estuprada no primeiro semestre de 2020, pelo então professor da rede municipal de ensino de Guaramiranga, cidade distante a cerca de 13 km de Mulungu. Namorado da mãe da vítima, o suspeito almoçava diariamente na casa da adolescente, contou uma parente da vítima que preferiu não se identificar.
Conforme a família da jovem, o estupro aconteceu em março deste ano, quando o suspeito ficou sozinho com a vítima e a levou para a casa dele, alegando que iria buscar um calçado e a levaria de volta para a residência dela.
O crime, porém, só foi descoberto meses depois, em agosto deste ano, quando a parente percebeu que a adolescente estava usando roupas mais frouxas e decidiu que a jovem faria um teste de gravidez. Após o resultado positivo, a vítima relatou a violência sexual sofrida e disse ainda que o suspeito ameaçou incendiar a casa de sua família se ela falasse sobre o estupro.
Suspeito ainda dava aulas
Mesmo com a denúncia formalizada contra o suspeito na Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) desde agosto, o professor, foragido, ainda seguiu dando aulas remotas por cerca de um mês, por meio de gravações de vídeos, até o dia 28 de setembro, e permaneceu como integrante da rede municipal de ensino de Guaramiranga até a última quinta-feira (1º).
A Secretaria da Educação de Guaramiranga informou que "tomou ciência no dia 1º de outubro do possível envolvimento de um professor temporário da Rede Municipal, na prática de crime no âmbito familiar", e que "imediatamente tomou providências no sentido de afastar o servidor de suas funções e deflagrou o processo administrativo para fins de rescisão do contrato do mesmo".