Polícia Federal deflagra Operação Argólida para investigar fraudes em auxílio emergencial no Ceará

Agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão na Capital e em Maranguape

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (23), a Operação Argólida, que apura grupos criminosos suspeitos de fraude no auxílio emergencial. Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Fortaleza e Maranguape, na Região Metropolitana. Ninguém foi preso. 

O chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da PF, Olavo Augusto Athayde Pimentel, explica que três mandados ocorreram na Capital envolvendo três pessoas diferentes. Já o quarto mandado, em Maranguape, foi expedido contra outras três pessoas de uma mesma família. 

“São pessoas que se utilizaram indevidamente de informações, dados e contas que seriam de beneficiários que teriam direito ao auxílio emergencial, mas acabaram não recebendo porque essas pessoas se anteciparam e fraudaram recebendo no lugar deles", frisou o delegado.

Os agentes apreenderam computadores, telefones e outras mídias eletrônicas que passarão por exames periciais. O material deverá ajudar na apuração na prática ilícita. Os mandados foram expedidos pelos Juízos das 11ª e 32ª Varas da Justiça Federal.

A identidade dos envolvidos não foi revelada pela PF. Eles poderão responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.

Alvos

Conduzida por meio de uma Estratégia Integrada contra Fraudes ao Auxílio Emergencial, a investigação mira grupos, associações ou organizações criminosas. Além da PF, estão envolvidos o Ministério Público Federal, o Ministério da Cidadania, a Caixa Econômica Federal, a Receita Federal, a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União.

Em nota, a PF explicou ainda que o nome da operação é uma "alusão a região que, em tese, era habitada pela Hidra de Lerna – ser mitológico com corpo de dragão e várias cabeças de serpentes, que podiam se regenerar". 

Registro da ocorrência

O delegado federal Olavo Augusto Athayde Pimentel orientou que os beneficiários prejudicados procurem uma agência da Caixa Econômica Federal para comunicar o pagamento indevido. O banco suspende o valor e abre o processo de constatação da transação. 

“Inicialmente, é feito um bloqueio das contas que estão recebendo indevidamente o auxílio. Após esse bloqueio, é feito um cruzamento de informações para que a gente possa tentar chegar aos responsáveis”, garantiu.