Sete servidores da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), entre agentes penitenciários, diretores de presídios e coordenadores da Pasta, foram afastados por suspeita de irregularidades administrativas e corrupção, na Operação "Masmorras Abertas", deflagrada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) na manhã desta segunda-feira (16).
Durante a operação, os promotores do MP cumpriram mandados judiciais e apreenderam materiais para serem analisados. Segundo o promotor Nelson Gesteira, o afastamento dos servidores será "importante para aprofundar as investigações".
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) acrescentou que os servidores são suspeitos de facilitarem a entrada de celulares nas unidades prisionais.
"A ação cumpriu ordens de afastamento das funções públicas de sete agentes penitenciários e mandados de busca e apreensão pessoais, residenciais, e local de trabalho dos envolvidos, com o apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar. O mandado foi expedido pelo juiz de Itaitinga, Cristiano Silva Sibaldo de Assunção", afirmou a CGD.
Dois presos
Gestores de presídios
Entre os afastados dos cargos, estão três diretores de presídios do Estado, a maioria instalada em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Os presos foram levados à CGD.
"A investigação conjunta do MPCE e da CGD, bem como a operação de hoje, são decorrentes do Termo de Cooperação Técnica assinado entre as duas instituições em 20 de dezembro de 2017. Além das providências adotadas, a Controladoria Geral de Disciplina determinou a instauração do competente Procedimento Disciplinar para a devida apuração na seara administrativa", reforçou a Controladoria.
Nome da operação faz alusão ao fácil acesso dos presos a celulares
A escolha do nome da operação, segundo o Ministério Público, faz referência ao fato de os presos o estado terem fácil acesso a telefones celulares para se comunicarem com "familiares, parceiros do crime, egressos e agentes penitenciários.