Nove pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa foram capturadas na cidade de Saboeiro, região Sul do Ceará, nesta quinta-feira (16), durante a segunda fase da Operação Carcará deflagrada pela Polícia Civil. O grupo atuava no tráfico de drogas e na lavagem de dinheiro no município. Contudo, o líder do bando, que possui o único mandado de prisão pendente, não foi capturado.
O cerco foi feito por 40 policiais da Delegacia Regional de Iguatu ainda na madrugada, mas a ofensiva contra o grupo, terminou somente às 12h. Os detidos estavam em casas separadas e não resistiram à prisão, segundo o delegado Marcos Sandro, titular da unidade.
"Foram 7 homens e 2 mulheres. Alguns deles são envolvidos em lavagem de dinheiro, outros na distribuição e coleta de tráfico de drogas em Saboeiro e Iguatu", informou.
O chefe da organização, identificado como Islan Murilo Casssimiro Oliveira, de 28 anos, está foragido. A suspeita é de que ele esteja morando em outro Estado. A Polícia seguirá em diligências na tentativa de capturá-lo.
Soltura
A primeira fase da Operação Carcará foi desencadeada em 26 de julho do ano passado, quando 13 pessoas foram detidas suspeitas de integrar uma organização criminosa ligada a homicídios, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
No entanto, em março deste ano, a Vara de Delitos de Organizações Criminosas decidiu soltá-los sob o argumento de que houve excesso no prazo da prisão preventiva.
"Sendo assim, não tenho referido prazo como razoável e proporcional para uma prisão cautelar. Fere o princípio da razoabilidade adiar a prestação jurisdicional aos acusados", justificou o juiz.
"Saboeiro é uma cidade pacata, de 12 mil habitantes, mas no ano de 2020 essa facção começou a agir lá e assassinou 15 pessoas em pouco mais de quatro meses. Essas mortes estariam atreladas ao tráfico de drogas", disse o delegado à reportagem.