Justiça condena os três responsáveis por latrocínio de canadense no Eusébio a até 34 anos de prisão

O empresário canadense foi encontrado amarrado e amordaçado no dia 11 de dezembro de 2019, dentro do sítio onde morava

O juízo da 3ª Vara da Comarca de Eusébio sentenciou, nesta sexta-feira (6), os três responsáveis pelo latrocínio do empresário canadense Walter Max Voigtlander, de 85 anos. O canadense foi encontrado amarrado e amordaçado no dia 11 de dezembro de 2019, dentro do sítio de sua propriedade em Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Os acusados, identificados como Miguel da Silva Correia, 24 anos; Maria Luana Nicolau Pereira, 23 anos; e Vanesca Silva Oliveira, 22 anos, foram condenados a 34 anos e seis meses de reclusão, 30 anos e seis meses de reclusão e 29 anos e três meses de reclusão, respectivamente. Os três deverão cumprir as penas em regime fechado.

Os acusados do homicídio já haviam sido presos dias após o crime. De acordo com a polícia, um dos autores do crime é filho do caseiro de um sítio vizinho ao da vítima. Foi ele quem planejou e assassinou o empresário canadense. A sentença foi emitida menos de 11 meses após o crime, que teve grande repercussão por conta da brutalidade sofrida pela vítima.

"O caso retratado nos autos causou perplexidade na população local e grande notoriedade regional, mormente porque envolve violência contra pessoa, fato inaceitável na sociedade, já tão assoberbada pelos altos índices de criminalidade", relata na sentença o juiz Fernando Antonio Medina de Lucena.

O crime

Segundo a polícia, a vítima morava sozinha no sítio. O canadense falava muito pouco português e possuía um estabelecimento comercial no Centro de Eusébio, além de imóveis na região.

“Ele estava amarrado, deitado de forma ventral, amarradas as mãos envoltas em um pilar, os pés também amarrados, com a boca tapada e com venda nos olhos”, disse o delegado Everardo Lima ao Sistema Verdes Mares.  

O empresário morava sozinho e costumava fazer uma varredura na parte externa da propriedade antes de entrar em casa. No dia do crime, ao fazer isso, foi atacado por Miguel Correia. Ele e as outras duas suspeitas do latrocínio entraram no sítio pelo terreno da propriedade vizinha, cujo pai de Correia tomava conta. 

Ao sofrer o ataque, o empresário e Correia entraram em luta corporal. As duas mulheres também ajudaram a conter a vítima, segundo a polícia. 

O idoso desmaiou e foi amarrado e amordaçado pelo grupo.  

O trio roubou uma quantia de R$ 139 encontrada em uma mochila do empresário, e um aparelho celular antigo.