Cinco homens foram condenados por formar organização criminosa e atear fogo em um ônibus municipal de Pacatuba durante a série de ataques a veículos e instituições públicas e privadas no Ceará. Os atentados ocorreram no início do ano de 2019 como represália da indicação do secretário Mauro Albuquerque para a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). Dentre os condenados, está Felipe Ferreira Barros que, conforme a denúncia, teria recebido R$ 50 para participar do ataque.
Além de Felipe, também foram sentenciados por organização criminosa e incêndio criminoso: Tiago de Souza, Vanderson Gabriel Barros da Silva, Cleonilson Paula Pereira e Jonatan Alves do Nascimento. No entanto, todos eles foram absolvidos por corrupção de menores.
Para os juizes da Vara de Delitos de Organizações Criminosas, "por meio das testemunhas e do laudo pericial de incêndio, não existem dúvidas acerca da responsabilidade penal dos acusados por terem causado incêndio no ônibus da Prefeitura de Pacatuba/CE, expondo a perigo concreto o patrimônio de outrem (vizinhos) e a integridade física dos funcionários e vigias que estavam no prédio da subprefeitura que foi exposta à perigo pelas chamas".
Veja as penas individualizadas:
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Cleonilson Paula Pereira
17 anos e 6 meses -
Felipe Ferreira Barros
15 anos e 2 meses
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Tiago de Souza
15 anos e 9 meses
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Vanderson Gabriel Barros
13 anos e 1 mês
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Jonatan Alves do Nascimento
14 anos e 11 meses
Tiago, Vanderson, Cleonilson e Jonatan negaram ter participado do crime. Nos autos, consta a versão de que Vanderson e Cleonilson já estavam presos na data do ataque.
O ônibus estava estacionado da sede da subprefeitura da Pacatuba, no dia 3 de janeiro de 2019, quando foi incendiado por volta das 21h. Na época, aconteciam ataques criminosos no Ceará.
CONVOCAÇÃO POR WHATSAPP
Policiais civis investigavam o "ataque incendiário em desfavor de ônibus da prefeitura de Pacatuba ocorrido na véspera desta data, ocasião em que, após receberem denúncia indicando o endereço onde se encontravam os infratores responsáveis pelos ataques".
Chegando ao local, encontraram Felipe Ferreira com queimaduras no corpo. Consta nos autos que ele teria confessado a participação no crime e disse ter atendido a um “salve de autoria da facção criminosa GDE determinando a prática de incêndio a prédio público".
Ele teria sido convocado por meio de um grupo do Whatsapp, quando recebeu uma mensagem: "quem está na ativa?". Conforme Felipe, ele recebeu proposta de R$ 50 para colocar fogo no veículo e chegando ao local encontrou os demais envolvidos na ocorrência.