A emoção marcou o sepultamento de Adriana Moura de Pessoa Carvalho Moraes, 38 anos, e sua filha, Jade Pessoa de Carvalho Moraes, de oito meses, mortas a tiros no último domingo, em uma casa de veraneio no município de Paracuru. O esposo e pai, respectivamente, das vítimas, é o principal suspeito do crime.
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Os corpos foram velados no início da manhã desta segunda-feira (24), em uma funerária no bairro Dionísio Torres. Por volta das 11h, mãe e filha foram sepultadas no Cemitério Parque da Paz, no bairro Castelão.
Irmãos, tios, primos e amigos das vítimas estiveram presentes na cerimônia. A mãe e avó, respectivamente, de Adriana e Jade era uma das pessoas mais emocionadas. Após o cortejo fúnebre, as duas foram enterradas no mesmo local, sob forte comoção dos presentes.
Visivelmente abalados, os familiares não quiseram gravar entrevistas.
O crime
Adriana Moura foi morta com um tiro na cabeça disparado por um revólver calibre 38, no último domingo (23). A bebê de oito meses foi encontrada morta, com um ferimento nas costas da mesma arma de fogo.
O pai e esposo das vítimas, o gaúcho Marcelo Barberena Moraes, 37 anos, está preso na Delegacia de Proteção à Pessoa (DHPP), suspeito de cometer os assassinatos. A arma do crime foi encontrada dentro de um equipamento bebê conforto, que estava em cima de uma mesa.
O homem, seu irmão, o médico Rafael Moraes, 37 anos, e a cunhada Ana Carolina prestaram depoimento sobre o ocorrido. Segundo a titular da DHPP, delegada Socorro Portela, os depoimentos apresentaram divergências.
A primeira tese apresentada à Polícia era de que a casa havia sido assaltada, mas a perícia descartou a tese, devido a arma do crime ainda ter sido localizada no interior da residência. A Polícia ainda diz que encontrou uma mensagem no aplicativo WhatsApp, onde Marcelo supostamente confessa o crime a alguém da família.
Marcelo Barberena segue preso na sede da Delegacia de Homicídios. Ele foi autuado por homicídio triplamente qualificado.