Familiares, amigos e vizinhos de Juan Ferreira dos Santos, 14, se reuniram na tarde deste domingo (13) em ato por Justiça pela morte do adolescente, que completa um mês. Com cartazes, faixas e camisas brancas, eles percorreram as ruas do bairro Vicente Pinzon pedindo o julgamento do policial militar suspeito de ter assassinado o estudante.
“Justiça. Só o que eu peço, que ele (policial militar) seja expulso e julgado por júri popular. Tem sido doloroso, difícil. Meu filho tinha feito o curso para ser socorrista, e era o sonho dele salvar vidas, e no entanto, foi assassinado covardemente por um a pessoa que se diz ser policial militar”, desabafa Tânia Brito, mãe de Juan.
O adolescente foi morto na noite de 13 de setembro passado, durante uma abordagem policial na Praça do Mirante, onde estava com colegas. A PM afirma que o soldado efetuou disparos para o chão após parte do grupo de jovens arremessar pedras contra a composição. O tiro atingiu a cabeça de Juan dos Santos.
Desde então, o soldado, cuja identidade não foi divulgada, está detido no presídio militar após ter sido autuado em flagrante pelo crime.
O irmão da vítima, Pedro Henrique dos Santos, alega que desistiu de prestar concurso para a Polícia Militar após a morte de Juan. “Eu até então, menos de um mês atrás, estava estudando para ser um policial militar, e quando soube que havia sido um PM, me desmotivou muito, porque é difícil continuar estudando sabendo que a vida do meu irmão foi tirada por um deles”, relata.