Quixadá. Estamos sozinhos no Universo? Por mais clichê que possa parecer, a pergunta é inquietante mexe com o povo deste Município do Sertão Central do Ceará, a 167Km da Capital. Hoje, Dia Mundial da Ufologia, a cidade se vê cada vez mais convencida de ter uma razão para comemorar: após anos colecionando relatos de abduções e de aparições de "disco-voadores", o Município se tornou a Capital Cearense da Ufologia.
Não falta quem afirme ter visto Objeto Voador Não-Identificado (OVNI). Seja numa loja de conserto de eletrodoméstico ou num bazar de roupas, tem sempre quem diga ter avistado uma luz ofuscante ou um objeto estranho cortando o céu. "Meu pai e minha mãe já viram! Era uma luz muito forte e o objeto era muito grande", disse o empresário Robson Costa, 43.
A cidade ainda mantém na memória os relatos do caso Barroso, o mais famoso de abdução do Ceará. Na década de 80, o aposentado teria sido abduzido por uma luz. Sua morte teria sido provocada pelos fenômenos que se sucederam após o fato. "Ele não sabia andar, foi perdendo a memória, ficando mais fraco. Barroso morreu de um jeito que nenhum médico da época soube dizer o que era", relata o ufólogo cearense Agobar Peixoto, que há mais de 60 anos pesquisa relatos no Estado. "A partir do caso Barroso, a cidade começou a ser pesquisada e os casos foram aparecendo", diz.
Robson Alencar, comerciante e ufólogo quixadaense, que realiza pesquisas sobre o assunto há 36 anos, concorda. "Tenho certeza que existe vida fora do Planeta. Eu mesmo já tive contato com seres e Quixadá é uma ponte destes seres aqui na Terra", afirma ele, que mantém vigílias noturnas com um grupo de 20 pesquisadores, para reunir evidências que comprovem sua tese. Os relatos foram se popularizando e alavancaram o turismo. As pessoas chegam olhando para o céu a procura de algo diferente. Há até uma boate com temática ufológica, a primeira do estilo no Brasil.