Após quase oito meses, o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, da Universidade Regional do Cariri (URCA), em Santana do Cariri, será reaberto para visitação na próxima terça-feira (10). O equipamento, que esteve fechado em virtude da pandemia da Covid-19, funcionará das 9h às 16h, seguindo diversos protocolos sanitários, como a limitação de pessoas.
As atividades científicas também serão retomadas, mas com capacidade reduzida. A visita para pesquisadores é permitida, mediante agendamento, permitindo o uso do alojamento com menor número de pessoas e oficinas. Já os treinamentos também funcionarão de acordo com protocolos de prevenção da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para entrar no museu, é obrigatório o uso de máscara em todo o percurso e a utilização de álcool em gel na entrada e na saída. Dentro dele, deverá ser mantido a distância mínima de dois metros entre as pessoas e o trajeto sempre terá acompanhamento de guia. Também é proibido que se toque nas peças em exposição. O ingresso dentro dele será permitido de dois grupos de cinco pessoas cada. Todas as visitas deverão ser agendadas pelo WhatsApp, no seguinte número: (88) 3545-1206.
Durante a pandemia, o equipamento cedeu seus alojamentos para o isolamento de casos suspeitos de covid-19 de Santana do Cariri. Ao todo, foram são cinco vagas oferecidas, acompanhadas e monitoradas pela Secretaria Municipal de Saúde. Neste período, o prédio esteve fechado, mantendo apenas vigilantes, auxiliares administrativos e de limpeza para sua segurança e manutenção.
O diretor do Museu, o professor Alysson Pinheiro, classifica a reabertura como um momento especial, já que o espaço só faz sentido se interagir e dialogar com o seu público.
“Para que a gente tenha o museu vivo, ativo, promovendo a educação ambiental, lazer e desenvolvimento, estamos readequando e vamos receber o nosso público”, garantiu.
O Museu de Paleontologia de Santana do Cariri abriga um dos mais importantes acervos fossilífero do período Cretáceo do país. São mais de 10 mil fósseis com reserva técnica, destinados ao estudo científico, destacando importantes e raros materiais de diversas formações. Em 2018, o equipamento foi reinaugurado com uma nova configuração, dando um caráter mais didático e promovendo uma interação maior com o público. Naquele ano, bateu seu recorde, alcançando 28.212 pessoas, bem acima de 2017, quando chegou a 20.546 visitantes.
Seu acervo está sendo incluído no banco de dados do programa Paleoimage, desenvolvido por professores da Urca e da Universidade Federal do Cariri (UFCA). O software, pioneiro no mundo, faz a identificação biométrica das fósseis para evitar o extravio e tráfico de fósseis. Em qualquer lugar a peça poderá ser identificada com uma foto.