A última atualização do Monitor de Secas aponta que 79,1% do território cearense permanece sem seca, melhor condição do fenômeno desde a criação desta ferramenta, em 2014. Em comparação entre os meses de junho e julho, houve pouca alteração neste cenário, mesmo com chuvas acima da média no centro-norte do Estado. O mapa atual aponta “seca fraca”, cujos impactos são de longo prazo, em áreas que vão do Vale do Jaguaribe ao Sertão Central.
Em comparação ao mês de julho do ano passado, o cenário é bem melhor. Na época, 61% do Estado apresentava algum nível de estiagem, sendo 25% seca moderada e 36% considerada fraca, atingindo as regiões Sul, Centro-Sul, Sertão-Central, Inhamuns e o Vale do Jaguaribe. Hoje, apenas 20,9% do território apresenta “seca fraca”. Em áreas sem seca, há um ano eram 39%, hoje 79,1%.
Índices
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas, em 15 estados do Brasil e no Distrito Federal, com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. No Ceará, a Funceme e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) são os órgãos que atuam neste sistema.