Eutrofização é causa da cor verde

A cor esverdeada da água do açude Forquilha chama-se eutrofização. O fenômeno é causado por excessos de nutrientes, geralmente oriundos da descarga de efluentes agrícolas, urbanos ou industriais, que levam à proliferação de algas. Muitos efeitos podem surgir da eutrofização, mas os três principais impactos ecológicos são perda da biodiversidade, alterações na composição de espécies (invasão de outras espécies) e efeitos tóxicos. Segundo especialistas, quando as algas morrem, a decomposição pode tornar a massa de água pobre em oxigênio, provocando a morte de peixes, formando gases tóxicos ou cheiro desagradável. Além disso, algumas espécies de algas produzem toxinas que contaminam as fontes de água potável.

Mas, o gerente da Cagece, Lúcio Sampaio, disse que o Laboratório de Controle de Qualidade de Água, da Companhia de Saneamento Pernambucano (Compesa), recentemente fez acompanhamento de amostras. A análise, segundo ele, confirmou que a água de Forquilha está dentro dos parâmetros exigidos pela portaria 518/04, do Ministério da Saúde, que estabelece que a água produzida e distribuída para consumo humano deve ser controlada. “Mandamos amostras para Compesa e, nos primeiros resultados, fomos tranqüilizados de que a água não está afetando a população. A questão da cor gera desconforto, mas em questão de saúde, não apresenta nenhum risco”.

Para solucionar a questão, os gerentes da Cogerh e da Cagece destacam que a solução do problema estaria na transposição das águas do Rio Acaraú para a Estação de Tratamento, através de implantação de adutora. “O Rio Acaraú é perenizado pelo Açude Araras e tem grande vazão que se perde pelo mar. A solução definitiva do problema é a transposição da água do Rio Acaraú para a Estação de Tratamento”, disse Sampaio.

Para o gerente da Cogerh, Vicente Lopes, nesse caso, a água seria alocada ao Açude Araras. “Isso é uma perspectiva que depende de ação governamental. Daria segurança para população e margem de captação para irrigantes”, ressaltou Lopes.