Circula nas redes sociais um vídeo de dois cavalos usados em passeios turísticos recolhidos para sacrifício por estarem com Anemia Infecciosa Equina (AIE), em Jericoacoara, no Litoral Oeste do Ceará. O caso ocorreu em 21 de novembro último.
Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), a eutanásia ocorreu para evitar a transmissão da doença a outros equinos e humanos. Ao registrar a condução dos animais, um tutor questiona a medida.
"Olhem aí a nossa triste realidade aqui na Vila de Jericoacoara, onde um pai de família não pode trabalhar. Os nossos animais aí sendo entregues para o sacrifício sem o direito nem a um reteste", disse.
"Vão ser abatidos, mortos de forma cruel, sem a gente poder fazer nada, e os pais de família ficando sem seu ganha-pão", completou.
Segundo a Adagri, foi realizada uma reunião com todos os donos dos equídeos, na qual foram orientados de que dentro do processo de contenção de foco para AIE, é obrigatório o processo de saneamento da propriedade.
"Com isso, foram coletadas amostras de sangue de 69 equídeos e encaminhadas para o Laboratório do Ministério da Agricultura (Mapa), onde foi confirmada que 14 amostras foram positivas para AIE.
Conforme a Agência, processo de ciência dos tutores e a posterior eutanásia dos animais foi realizado através de planejamento prévio, com deslocamento de fiscais e agentes da Adagri.
"Além disso, foi articulado com o ICMBio o apoio policial para a ação, além da abertura de vala sanitária para o enterrio dos equídeos eutanasiados. Por fim, todo o procedimento de eutanásia dos equídeos foi realizado através de procedimento de anestesia geral, conforme preconizado pela legislação vigente do Conselho Federal de Medicina Veterinária", garantiu.
O que diz Jeri
Segundo o secretário de Agricultura e Abastecimento de Jijoca de Jericoacoara, José Calixto de Brito Neto, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) informou ser necessário o sacrifício após o diagnóstico de Anemia Infecciosa Equina (AIE).
“A Anemia Infecciosa Equina é uma doença viral crônica que é causada por um vírus, limitada a equinos, asininos e muares. A principal característica são episódios periódicos de febre, anemia, depressão, edema e perda de peso”, continua a nota.
“A doença já é encontrada em todo o território nacional, não tem tratamento nem vacina, portanto o controle dos animais positivos é feito pelo sacrifício”, disse o texto.
O município acrescentou que o Mapa preconiza o sacrifício e interdição da propriedade, quando for detectado foco positivo de AIE.
VCrepórter
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